O MITO DA FÊNIX
Foi entre os
egípcios, de seitas de adoradores do sol, que surgiu o mito da Fênix, ave
fantástica, que após a morte renascia das cinzas e, posteriormente, como
símbolo, representava o deus Osíris; além de ser o emblema dos que regressavam
de viagens longas, decorava monumentos erigidos por monarcas do Egito que
voltam vitoriosos ao país.
Há registro sobre a FÊNIX
na CHINA, cujo mito parece ter surgido a cerca de
4.000 ANOS A.C. no ciclo dos imperadores celestes. Na Creta antiga, a
miscigenação cultural das influências persas e chinesas e egípcias fez migrar
a ave, através dos gregos, à nossa civilização. O pássaro semelhante a uma
águia, com pescoço e asas douradas, com penacho rubro e que de 570 em
570 anos morre e de seus ossos nasce o embrião da nova Fênix que
envolve os restos mortais em incenso e canela e voa até Pancail, para a cidade do sol, onde deposita seus despojos
e retorna para mais meio milênio de vida.
Fênix é um símbolo para toda forma de vida, que igual à ave
mitológica, tem um princípio e um fim, para depois recomeçar e terminar
novamente, sucessivas vezes. A idéia de começo, fim
e recomeço pode ser observada no mundo em que vivemos, marcado por
guerras e destruição. A cidade
de Hiroshima foi arrasada em
6 de agosto de
1945 pela primeira
bomba atômica,
instantaneamente, os prédios desapareceram junto com a
vegetação, transformando Hiroshima num campo deserto.
Passados mais de 60 anos
após a tragédia que marcou a história da cidade e do mundo, Hiroshima renasce das cinzas
não deixa transparecer nenhuma lembrança daquele
6 de agosto de
1945. Trata-se de uma cidade
moderna, com árvores, prédios, pessoas circulando e carros, como em qualquer
cidade desenvolvida.
No decorrer da vida passamos
por vários ciclos e pode ser que em algum momento precisemos ressurgir
das cinzas para uma nova fase repleta de mudanças significativas e
totalmente transformada.
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